Para especialistas, volatibilidade das criptomoedas exigem cautela
O início de 2020 foi marcado pelas notícias de grande elevação no valor de mercado do Bitcoin. Na primeira semana de janeiro a criptomoeda atingiu a marca dos US$ 34 mil, cotação mais alta da história. A escalada começou em março de 2020, quando a moeda virtual valia cerca de US$ 5 mil. A alta de mais de 300% em nove meses provocou nova onda de investimentos na criptomoeda e reascendeu as dúvidas sobre o ativo financeiro.
Conforme a empresa de investimento Hashdex, uma das principais o novo momento de alta da moeda virtual mostram que o os criptoativos recupararam a credibilidade, após a enorme correção de preços ocorrida em 2018. Naquele ano, o preço do Bitcoin chegou próximo dos US$ 20 mil, mas caiu 80% ao longo do ano, batendo os US$3,2 mil em novembro.
Ao longo do ano de 2017 o preço do Bitcoin subiu de aproximadamente US$1 mil para os quase US$20 mil registrados no fim daquele ano. O período subsequente foi de enorme volatilidade e significas quedas no ativo, motivadas pela indicação de bolha no mercado.
Mas o momento de queda também serviu para o desenvolvimento de um ecossistema mais robusto. Junto a isso, as circunstâncias impostas pela pandemia do COVID-19, a consequente crise econômica e as respostas agressivas dos governos ao redor do mundo, estabeleceram os fundamentos para a forte alta atual.
Especialista em mercado financeiro, o diretor da Moinhos investimentos, Aderson Gegler afirma que 2020 foi um ano em que grandes empresas passaram a aceitar bitcoin como meio de pagamento, o que trouxe fundamentação para o ativo financeiro. Entre elas estão gigantes como PayPal, Square, Fidelity Investments e MicroStrategy.
“Por outro lado, com a vitória de Biden nos EUA, temos um risco regulatório mais elevado.
Ou seja, continuaremos a ter grande volatilidade nos preços desses ativos”, ressalta. Para ele, apenas os investidores mais agressivos devem optar pela criptomoeda.
Gegler também recomenda que os criptoativos sejam adquiridos por meio de fundos de investimentos para dimiuir os riscos atrelados às carteiras digitais. “Além disso, o investidor passa a contar com a expertise do gestor do fundo para saber o que e quando comprar ou vender.”
Entre os cuidados a serem levados em consideração nas operações com criptomoedas, Gegler destaca a idoneidade da corretora, as ferramentas de criptografia, os custos de corretagem – ainda elevados –, a burocracia e a tributação.